Teresa é uma mulher igual a tantas outras. Trabalha por turnos, 39 anos, 2 filhos, com um casamento que já teve melhores dias. Na sua luta diária, de conciliação de horários, tenta fazer o seu melhor o papel de mãe, esposa, trabalhadora, gestora do dinheiro familiar, sempre lutando para conseguir tirar dali para pagar noutro lado, harmonizando tudo e todos e esquecendo-se completamente de si própria. Um marido que parece viver no mundo da lua, que, se está sozinho a tomar conta dos filhos entra num stress frenético sem saber muito bem o que fazer, que acaba de jantar e vai ter com os amigos até altas horas da madrugada e que, quando volta, não se preocupa por acordar a Teresa que está a dormir descansadamente pois daí a poucas horas vai trabalhar e tem de se levantar às 4 da manhã.
Enfim, uma vida de inferno, que tem sido vivida num estado de profundo adormecimento, em que ela própria nem consegue muito bem perceber em que é que a sua relação se transformou. Ele com comportamentos estranho, frenéticos por vezes, que parece ter uma energia sem limites, dizendo ou fazendo coisas que no outro dia não se recorda de ter dito ou feito, alterando com comportamentos agressivos e necessidades urgentes e inadiáveis de estar com os “amigos”, regressando sempre com a mesma conversa “que tinha bebido um bocadinho a mais”.
Num dos dias, iguais a tantos outros, que a Teresa estava no cabeleireiro a desabafar que se sentia sem forças para nada e que queria encontrar paz e não conseguia, foi aconselhada a fazer algumas sessões de Reiki, ou algo parecido, para conseguir encontrar a tal Paz que tanto procurava.
Veio ter comigo numa Terça-feira de Dezembro. Quando olhei para ela parecia uma menina indefesa que precisava de colo, mas, ao mesmo tempo, com ar de mulher que pede socorro. Na sua face, bonita, uma expressão de peso, denotava um grande sofrimento.
Recebeu a primeira terapia e saiu de pé de mim com a alma iluminada, sorrindo e “brilhando”, dizendo que há muito tempo que não se sentia tão bem.
Combinámos fazer terapia uma vez por semana até perfazer os 4 tratamentos, e ir alterando com a Terapia Bioenergética Quântica e assim foi. Disse-lhe que a partir de então muita coisa iria mudar na sua vida, porque é exactamente isso o que o Karuna Reiki provoca. Esta energia maravilhosa limpa as barreiras à felicidade, os chamados “bloqueios”, destrói os muros que foram erguidos por nós “mentalmente” e que não deixam que a nossa vida flua como tem de fluir.
Quando se começa a lidar com esta energia, a verdade vem ao de cima, tudo o que estava “escondido” debaixo do véu da “cegueira voluntária, mas inconsciente”, é posto a descoberto.
Assim, através das 4 sessões foram-se registando fantásticas mudanças no seu comportamento. Começou a perceber que tinha necessidade de ter mais “momentos sozinha”. Necessitava de estar sentada sem pensar, só a respirar. Passou a ter vontade de se colocar dentro da banheira, num banho de espuma, com velinhas acesas e uma música suave. Sentiu vontade de se arranjar, sentir-se bonita. Ou seja, começou o seu processo de mudança interior e aceitação. Só me dizia “Às vezes surgem pensamentos recheados de sentimentos de culpa por estar a pensar um pouco mais em mim, mas penso em tudo o que me tem ensinado e não quero mais saber desses pensamentos, mando-os embora e fico a pensar que mereço tudo isto”.
Aos poucos começou a estar atenta às “coincidências”, ou antes, “sincronizações”, que lhe aconteciam.
Várias vezes me disse que tinha vontade de sair de casa com os filhos pois estava cansada daquele inferno, no entanto não tinha coragem, dizendo muitas vezes “ coitadinho do meu marido”.
No entanto, quando começamos a estar atentos “a Energia” dá-nos as informações que precisamos para seguir a nossa vida. As Tais “coincidências”.
Estavamos na quinta sessão de Karuna Reiki, ela saiu de pé de mim muito tranquila e foi a uma sapataria comprar umas botas em saldo (visto que as que tinha já tinham 3 anos e estavam em muito mau estado). Não reparou mas alguém, provavelmente a empregada, lhe colocou dentro do saco um prospecto fazendo propaganda a uma associação. Ela ao retirar as botas em casa é que viu que aquilo era tipo um boletim informativo, da tal associação explicando os perigos do consumo de cocaína. Ficou a olhar para o papel e pensou “que coisa tão estranha”.
Nesse fim-de-semana, a irmã, por esquecimento deixou no carro dela uma revista, dessas semanais, cujo título de primeira página era qualquer coisa do género “ Figuras Públicas consomem cocaína”. Ela ficou a olhar para a revista e pensou “que coisa tão estranha”. Com um sentimento, que não sabia explicar, mas a sentir que lhe estavam a transmitir um aviso.
Na segunda-feira seguinte, estava sozinha em casa, em arrumações, quando a sua atenção ficou concentrada numa coisa qualquer que estava entalada no meio de dois livros. Não conseguia tirar os olhos de lá, parecia que havia um íman a puxar o seu olhar para ali. Foi ver o que era e nem queria acreditar. Um pequeno saquinho com um pó branco parecia querer saltar do meio dos livros. Imediatamente veio à sua mente um nome “cocaína”. Toda a tremer, conseguiu ligar para o irmão que é da polícia e pediu-lhe para ir ter com ela pois estava em estado de choque e precisava de ajuda. Ele assim fez e apenas lhe confirmou aquilo que já tinha chegado à sua mente, era cocaína.
Estava finalmente a descoberto a razão de muitos dos comportamentos do marido, bem como a justificação para o desaparecimento do dinheiro dele, que nunca chegava.
Claro que este episódio foi a força que ela precisava para conseguir dar o salto daquela história de vida e decidir que não queria mais pertencer àquele filme.
A Energia do Karuna Reiki transforma realmente a vida das pessoas, porque as faz começar a ver a vida de outra maneira, ajuda-as a serem elas próprias na sua profunda essência e torna os “olhos” mais límpidos, quando estes se encontram numa “profunda cegueira”.
Claro que tudo isto só funciona se “realmente” estiver disposta(o) a mudar. É por isso que muitos dizem “comigo não funciona”, claro a programação que está nessas mentes é à partida derrotista e as pessoas têm “medo” de mudar. È mais tranquilo ficar no registo em que estão e não ter de enfrentar mudanças.
Quando são pessoas resistentes à mudança dá mais trabalho, mas chega-se lá, só é preciso não desistir.